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Publicado em 7/03/2019 as 8:00pm

O impacto da crise econômica venezuelana em outros países latino-americanos

A onda de choque gerada pela situação econômica catastrófica da Venezuela se espalha pelo...

A onda de choque gerada pela situação econômica catastrófica da Venezuela se espalha pelo Caribe e afeta partes da América Central, assim como as regiões colombianas que fazem fronteira com esse país.

Há uma década, o então presidente venezuelano Hugo Chávez prometeu compartilhar a riqueza do petróleo em todo o continente e além dele, inclusive oferecendo gasolina subsidiada a Londres e aos pobres do nordeste dos Estados Unidos.

A irrigação da prosperidade da Venezuela na época teve impactos diferentes em toda a região.

Mas hoje, muitas nações latino-americanas temem as consequências do colapso de uma economia que já foi a linha de vida de vários países e agora sofre com a inflação desenfreada e a escassez de produtos básicos que forçam os venezuelanos a fazer fila durante horas.

A situação atual na Venezuela

É difícil antecipar quando e como o regime de Maduro vai entrar em colapso, mas é claro que seu curso atual é insustentável econômica e politicamente.

Em termos econômicos, as políticas governamentais destrutivas, excluindo expropriações e controles monetários e de preços, juntamente com a corrupção endêmica e a má gestão nas empresas públicas, eliminaram gradualmente a capacidade da economia venezuelana de produzir até mesmo os produtos mais básicos que os cidadãos precisam para sobreviver.

A diminuição da produção petrolífera, os elevados custos de produção, as obrigações relativas ao serviço da dívida, a acumulação de decisões judiciais adversas decorrentes de expropriações anteriores e a crescente relutância dos credores (incluindo aliados políticos como a China e a Rússia) em emprestar dinheiro impedem a Venezuela de ter acesso a moeda forte para comprar bens no estrangeiro, apesar da subida dos preços do petróleo.

Se as obrigações de empréstimo da Petróleos de Venezuela, S.A. forem violadas (PDVSA) e moeda forte é usada para importar mais produtos (para aliviar as pressões políticas), os ativos da empresa e até mesmo os embarques de petróleo no exterior poderiam ser confiscados.

Tal agravaria a crise de liquidez e poria em risco a capacidade do regime para manter o poder. É por isso que o governo venezuelano adotou uma série de medidas desesperadas, como atrasos, ações judiciais e transferências de fundos para pagar os títulos.

No entanto, disponibilizou aos órgãos estatais e amigos do regime uma pequena quantidade de divisas para importar produtos que lhe permitirá manter o apoio das Forças Armadas e outros grupos-chave em favor de Maduro.

Além dessas medidas, a Venezuela teve que usar suas reservas internacionais restantes (principalmente ouro), expropriar empresas como a General Motors, reestruturar os pagamentos de títulos, hipotecar ativos como a refinaria de petróleo e a distribuidora CITGO, buscar novos empréstimos de parceiros estatais como a China e empresas confiáveis como a Rosneft e iniciar uma ação legal criativa para adiar decisões e reparações contra eles.

Mesmo assim, não obteve empréstimos suficientes e está a ficar sem ativos hipotecáveis e opções legais para adiar pagamentos.

Não sabemos bem quando é que esta crise irá passar, contudo, temos a certeza que, infelizmente, não será para já!

Fonte: Redação Braziliantimes

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