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Publicado em 14/09/2020 as 6:00pm

Pandemia de coronavírus afeta agricultura e boias-frias indocumentados

Seis meses após o início da pandemia, esses trabalhadores parecem ter sido vítimas do pior da crise Covid-19

Pandemia de coronavírus afeta agricultura e boias-frias indocumentados Do Oregon à Carolina do Norte, os condados com as maiores taxas per capita de coronavírus são alguns dos maiores produtores de safras como alface, batata-doce e maçã

O presidente Donald Trump tornou as críticas contra os imigrantes indocumentados uma questão central em sua agenda política, entretanto, durante a pandemia até mesmo seu governo foi forçado a reconhecer o trabalho essencial que os estrangeiros efetuam, particularmente em manter o país alimentado durante uma crise. 

Poucos dias após a pandemia do coronavírus se espalhar, o governo Trump teve que enfrentar uma realidade que há muito tentou ignorar: os 2,5 milhões de trabalhadores rurais do país, cerca de metade dos quais, segundo estimativas do governo, são indocumentados e absolutamente essenciais para manter o sistema alimentar funcionando. Tais dados representam uma grande mudança para um presidente que continua evitando qualquer debate sobre imigração visando manter o temor com relação à defesa da fronteira e a criminalidade. Entretanto, o governo Trump e o Congresso pouco fizeram para ajudar a manter os trabalhadores rurais seguros nas frentes de trabalho.

Seis meses após o início da pandemia, de acordo com uma análise do Político, esses trabalhadores parecem ter sido vítimas do pior da crise Covid-19. Por várias semanas, muitas das áreas que cultivam frutas e vegetais do país viram taxas desproporcionalmente altas de casos de coronavírus; uma tendência nacional que, conforme a temporada de colheita avança em muitos estados, ameaça os trabalhadores agrícolas já vulneráveis, suas comunidades e os locais onde trabalham.

Do Oregon à Carolina do Norte, os condados com as maiores taxas per capita de coronavírus são alguns dos maiores produtores de safras como alface, batata-doce e maçã. Na Califórnia, 6 dos 7 condados mais afetados por Covid do estado, per capita, estão no Vale Central, que produz a maior parte das frutas e vegetais nos EUA.

Mais ao sul, Imperial County, Califórnia, que faz fronteira com o México e o Arizona, tem de longe a maior taxa per capita de casos do estado, ou seja, 5.930 casos por 100 mil pessoas e 296 mortes, de acordo com dados do CDC. O condado abriga um vale fértil que cultiva grandes quantidades de vegetais, bem como melões e pimenta.

Ao leste, Yuma, Arizona, uma importante região de hortaliças e verduras, é o condado com a segunda maior taxa do estado; 5.737 casos por 100 mil pessoas e 320 mortes, de acordo com dados do CDC.

O padrão segue em outras partes do país, incluindo o estado de Washington, onde os condados de Yakima e Franklin, duas áreas ricas na produção de maçãs e cerejas, têm quase o dobro dos casos per capita da maioria dos outros condados da região. O condado de Yakima tem um índice de casos per capita 5 vezes maior do que o condado de King, o 1º lugar no país a combater um grande surto de coronavírus.

O impacto negativo da pandemia sobre os trabalhadores rurais ressalta como o pior cenário pode se desenvolver quando uma força de trabalho essencial, mas extremamente vulnerável, é ignorada. A administração Trump recusou-se repetidamente a impor requisitos de segurança obrigatórios para locais de trabalho agrícolas. Nenhuma assistência federal foi designada para ajudar os agricultores a obter equipamentos de proteção individual para seus trabalhadores, como aconteceu com outros trabalhadores essenciais, como enfermeiras e policiais.

A administração Trump deixou os governos estaduais e locais para se defenderem sozinhos no combate ao coronavírus. Mesmo assim, os críticos dizem que as autoridades estaduais também não conseguiram enfrentar o vírus de maneira adequada.

“Estamos entrando em uma grande crise de saúde e não há ninguém com autoridade moral dentro do governo para definir uma estratégia clara que faça sentido”, disse Carlos Marentes, fundador do Projeto Trabalhadores da Agricultura de Fronteira. “Recomendações são feitas, mas não mandatos. E os mais afetados são os que vivem na pobreza, os trabalhadores agrícolas e as áreas rurais”.

Milhões de trabalhadores rurais labutam diariamente por pouco dinheiro para cortar brócolis à mão, coletar leite e embalar morangos que os consumidores podem comprar nos supermercados. O governo estima que metade desses trabalhadores não têm documentos e muitos não têm acesso a cuidados de saúde. Aproximadamente 10% da força de trabalho está no país com vistos H-2A, que permitem que trabalhadores estrangeiros venham para os EUA e trabalhem em empregos agrícolas sazonais. A maioria é oriunda do México.

O silêncio de Trump sobre o status de imigração dos trabalhadores rurais, alegam os críticos, é de conveniência política, já que os agricultores, uma parte sólida da base eleitoral do presidente, admitem abertamente que simplesmente não há como colher as safras do país sem a ajuda de trabalhadores estrangeiros, que vivam clandestinamente nos EUA ou correm o risco de entrar em colapso econômico.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.

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