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Publicado em 10/10/2020 as 12:00pm

Após medo do ICE e quase ser presa, brasileira se torna ativista e luta para que imigrantes possam participar de comissões municipais em São Francisco

Em 2006, em meio ao frenesi pós-Ano Novo típico no Pier 39 - crianças girando no carrossel, o...

Após medo do ICE e quase ser presa, brasileira se torna ativista e luta para que imigrantes possam participar de comissões municipais em São Francisco Souza Sarah quer que imigrantes tenham voz em comissões importantes na cidade

Em 2006, em meio ao frenesi pós-Ano Novo típico no Pier 39 - crianças girando no carrossel, o cheiro de chocolate fresco nas lojas de doces – os agentes do Departamento de Alfândega e Imigração (ICE, sigla em inglês) e os agentes de execução interromperam a cena. Sarah Souza, então com 19 anos, assistia apreensiva à reportagem em um canal de notícias em espanhol enquanto os oficiais prendiam trabalhadores indocumentados, pois que seu tio trabalhava no local.

Mas logo o problema focou o seu prédio, perto de Geary Boulevard. Os agentes descobriram que o tio morava lá. Um amigo dele, que escapou do cerco no Píer 39, ligou para Souza e sua mãe para avisá-las que os agentes estariam em sua porta.

A mãe e a filha, imigrantes brasileiras indocumentadas que viviam em um apartamento de um quarto, fugiram.

Souza se lembra dessa época “assustadora” como seu catalisador para o ativismo político. “Eles nos tratavam como animais”, disse ela. “Depois disso, tive um chamado para lutar contra o sistema”.

A brasileira, agora, trabalha como assessora administrativa na Prefeitura e lidera uma organização sem fins lucrativos local que oferece serviços sociais e jurídicos para imigrantes latinos de baixa renda. Seu último papel foi liderar uma das propostas mais controversas das próximas eleições locais: Prop C.

A proposta de emenda da Carta da Cidade permitiria que não cidadãos - incluindo portadores de green card e residentes indocumentados - servissem em todas as comissões da cidade e conselhos consultivos. Se for aprovado, São Francisco será a primeira grande cidade do país a conceder essa habilidade a não cidadãos.

Em San Francisco, 35% dos residentes são imigrantes, vindos da China, Filipinas, México, El Salvador e outros países. Destes, 13,6% são não cidadãos, de acordo com dados do Censo, e aproximadamente 35.000 são indocumentados.

Atualmente, apenas os cidadãos podem servir em certas comissões da cidade - incluindo a Comissão dos Direitos do Imigrante - que elaboram orçamentos, aconselham o prefeito e introduzem legislação. “Isso evita a diversidade representativa da cidade-santuário progressista”, argumenta Souza, “e a Prop C é um passo em direção à equidade”.

“Nós temos a experiência vivida e compreendemos essas barreiras”, disse ela sobre o valor de uma voz indocumentada na Comissão de Direitos do Imigrante. “Precisamos de representação política, especialmente quando enfrentamos desafios sem precedentes”.

Durante a pandemia, esta comunidade foi a mais atingida, o que levou os líderes da cidade a se associarem a grupos de imigrantes e distribuir fundos para residentes indocumentados que não se qualificaram para o auxílio-desemprego federal ou outra assistência. Eles criaram testes de base para residentes latinos que contraíram COVID-19 a uma taxa desproporcional em toda a cidade.

Outro lugar para os imigrantes contribuírem com a reforma é na Comissão de Polícia, de acordo com Gabriel Medina, que trabalha junto com a brasileira na campanha e arrecadação de fundos para a Prop C.

A comissão realiza audiências disciplinares quando há acusações de improbidade policial.

Ativistas apontam para dois incidentes ocorridos nos últimos cinco anos em defesa da representação de imigrantes nessas audiências: Os tiroteios fatais da polícia contra o imigrante mexicano indocumentado Luis Góngora Pat e o imigrante guatemalteco Amilcar Pérez-López, no Distrito Mission.

“Precisamos da voz de aspirantes a cidadãos dos EUA para proteger os imigrantes”, disse Medina.

Os líderes locais apoiam o esforço. Todos os 11 vereadores e do poder legislativo de São Francisco, conhecidos como Conselho de Vereadores, expressaram apoio à emenda.

A brasileira reside em São Francisco há quase 20 anos é a primeira beneficiada pelo Deferred Action for Childhood Arrivals (DACA) a ser assessora de um vereador em São Francisco.

Aaron Peskin representa o Distrito 3, que engloba Chinatown e North Beach, onde 41% da população é imigrante. Souza não quer parar por aí. Ela quer assumir um assento na Comissão de Direitos do Imigrante, apesar de ter sido, no passado, impedida de participar da comissão por não ser uma cidadã.

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Fonte: Redação Brazilian Times

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