Publicado em 5/04/2021 as 9:00am
Cônsul-geral do Brasil em Boston esclarece sobre os serviços do Consulado durante a pandemia
A pandemia impactou e modificou a maneira de trabalhar de diversas instituições da nossa...
A pandemia impactou e modificou a maneira de trabalhar de diversas instituições da nossa comunidade e o Consulado-Geral do Brasil em Boston foi uma delas. E toda mudança, é claro, acaba resultando em dúvidas, especialmente para quem precisa utilizar os serviços. Em razão disso a Redação do Brazilian Times entrou em contato com o Cônsul-Geral do Brasil em Boston, Benedicto Fonseca Filho, para compreender como estão acontecendo os serviços e como foi o cenário do ano de 2020 para a instituição.
Confira nossa entrevista e caso reste dúvidas, entre em contato com o Consulado através dos contatos disponibilizados no final da matéria.
Qual tem sido o maior desafio para o Consulado de trabalhar para a comunidade durante a pandemia?
O grande desafio tem sido, naturalmente, o de continuar a atender a demanda da comunidade brasileira por serviços consulares de maneira satisfatória, mesmo estando o Consulado sujeito a fortes limitações, e, ao mesmo tempo, proteger a saúde dos nossos funcionários e do público em geral.
Como têm sido atendidos os Brasileiros que estão procurando o Consulado durante a pandemia?
A fim de atender às diretrizes estipuladas pelas autoridades locais no tocante à distanciamento social, limitação do número de pessoas que podem ocupar o mesmo ambiente simultaneamente, etc., tivemos de reduzir o número de atendentes e controlar o número de consulentes que podem ingressar no Consulado em qualquer dado momento. O atendimento presencial, no Consulado, tem sido feito, portanto, exclusivamente mediante agendamento prévio. Limitamos esse atendimento presencial àqueles casos em que, por lei, o atendimento requer a presença do consulente (procurações, registros de nascimento e de casamento, etc.).
A demanda por serviços para cuja execução não se exige a presença do consulente têm sido, por outro lado, atendida, exclusivamente, pelo correio. Todos os pedidos de passaporte vêm sendo, assim, processados pelo correio, unicamente. Com isso conseguimos reduzir a fila dos atendimentos presenciais, de um lado, e aumentar o número de funcionários envolvidos no processamento de documentos – o qual pode, por exemplo, ser realizado em outra dependência do Consulado, distante da área de atendimento ao público, com plena observância do distanciamento social.
Como tem sido a procura dos serviços consulares durante a pandemia? Aumentou ou diminuiu?
A própria natureza do trabalho consular – que envolve, majoritariamente, a emissão de documentos ligados às atividades essenciais das pessoas (identificação/viagem, registro civil, etc.) – impõe um ritmo constante. Durante a pandemia notamos, inclusive, algumas peculiaridades. Em relação a passaportes, por exemplo, pode-se imaginar que, na medida em que pessoas não estejam viajando com a frequência de antes, poderiam ter menos necessidade desse tipo de documento. Na prática, porém, manteve-se a procura por passaportes, tendo em vista que muitos brasileiros dependem do documento para sua identificação. Além disso, embora a atividade econômica tenha sido reduzida significativamente (tanto nos EUA quanto no Brasil), manteve-se alta a demanda por procurações, com vistas, inclusive, à realização de negócios e movimentações bancárias no Brasil.
O senhor tem um número de quantos brasileiros foram atendidos pelo Consulado durante a pandemia?
Em 2020 (em que, a partir de meados de março o funcionamento Consulado foi fortemente afetado pela pandemia) emitimos mais de 10.000 documentos de viagem
(passaportes e autorizações de retorno ao Brasil) e mais de 3.000 procurações. Esses números são, por si só, importantes. Tornam-se ainda mais relevantes quando comparados com os dos anos anteriores à pandemia. No caso de passaportes, por exemplo, a produção foi 27% menor que a de 2019, uma queda relativamente pequena se consideradas todas as severas limitações ao nosso trabalho durante 2020.
Quais os meios de contato com o Consulado?
O e-consular pode ser acessado pela nossa página (boston.itamaraty.gov.br) ou diretamente pelo site ec-boston.itamaraty.gov.br. Pedidos de esclarecimentos/informações podem ser encaminhados ao e-mail contato.boston@itamaraty.gov.br, pelo qual também recebemos quaisquer outras informações relevantes que o consulente considere necessárias, inclusive no que diz respeito a eventuais circunstâncias que imprimam caráter de urgência ao seu pedido. (Os pedidos de urgência são examinados caso a caso, com o aporte, se possível, de comprovação documental).
Os e-mails encaminhados ao contato.boston@itamaraty.gov.br são respondidos em, no máximo, 48 horas, mas geralmente o prazo é bem menor que esse, com a maioria das consultas sendo respondidas no mesmo dia. A comunidade também poderá contactar diretamente o Cônsul-Geral, caso necessário, pelo e-mail institucional: consul.boston@itamaraty.gov.br. O Consulado dispõe, por fim, de telefone exclusivo para emergências envolvendo brasileiros (morte, hospitalização, prisão, deportação, etc.), número (617) 816-6315.
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