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Publicado em 23/09/2021 as 8:00pm

Poder paralelo: Milhares de armas são contrabandeadas diariamente dos EUA ao Brasil

O último relatório patrocinado pela ONU, com sede em Manhattan (NY), indica que pelo menos 20 mil armas fabricadas nos EUA entram no Brasil a cada ano

Poder paralelo: Milhares de armas são contrabandeadas diariamente dos EUA ao Brasil De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), o Brasil abriga cerca de 8 milhões de armas ilegais, mais da metade delas contrabandeadas dos EUA

Inúmeras armas de fogo fabricadas nos EUA estão chegando ao Brasil e caindo direto nas mãos de criminosos todos os dias, entretanto, a maior economia do mundo não parece poder evitar o fluxo que movimenta bilhões de dólares. De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), o Brasil abriga cerca de 8 milhões de armas ilegais, mais da metade delas contrabandeadas dos EUA. O último relatório patrocinado pela ONU indica que pelo menos 20 mil armas fabricadas nos EUA entram no Brasil a cada ano.

No Rio de Janeiro, as autoridades locais acreditam que cerca de 4 mil novas armas ilegais chegam à cidade a cada dia. Cerca de 1/4 delas são fuzis, de acordo com Christiano, um alto comandante da Polícia Militar no Rio de Janeiro que supervisiona as operações de apreensão de armas ilegais nas ruas.

“Uma vez que essas armas cruzam nossas fronteiras nacionais, quase não temos como apreendê-las antes que acabem nas mãos das pessoas erradas”, disse Christiano à mídia dos EUA.

As autoridades brasileiras que atuam para conter o contrabando dessas armas aos 2 principais locais que servem o Rio de Janeiro e São Paulo estão gravemente sem recursos financeiros. E, enquanto isso, em vez de ajudar a conter o influxo de armas perigosas do país, os EUA concentraram a maior parte de seus esforços em pressionar o Brasil a combater seu comércio ilegal de drogas, forçando as autoridades brasileiras a realocar seus escassos recursos para o combate às drogas e deixando um beco sem saída para que os pistoleiros se infiltrem nos principais portos comerciais do Brasil.

“O governo dos Estados Unidos está preocupado com as questões internas do vício em drogas, por isso, pressionou o governo do meu país a se concentrar principalmente no tráfico de drogas em vez do comércio ilegal de armas”, detalhou um oficial da Secretaria Estadual de Polícia Civil.
As consequências desta crise são graves. No Rio de Janeiro, considerada atualmente uma das metrópoles mais perigosas do planeta, as taxas de homicídios dispararam de 925 em 2016 para 1.814 em 2019. A maioria desses assassinatos envolve o uso de armas de fogo contrabandeadas. Na verdade, a corrupção é tão generalizada na cidade que as gangues podem subornar os trabalhadores para que sua carga entre no Brasil com facilidade. Depois que essas armas são descarregadas, elas são distribuídas para outras áreas controladas por gangues, principalmente em São Paulo, Fortaleza e no estado da Amazônia, explicou Christiano.

Para entender como funciona o comércio ilícito de armas, é preciso vê-lo como um negócio global com muitos indivíduos e consumidores diferentes, espalhando seus tentáculos de vários pontos de origem, principalmente nos EUA até seu destino final no México, Paraguai e Brasil. Os traficantes de armas farão todo o possível para proteger seus negócios, garantindo rotas de comércio que muitas vezes se estendem por todo o continente, ou seja, criando fluxos constantes de armas e munições para os países da América Latina.

Apesar de seus esforços, as autoridades dos EUA mal estão conseguindo reduzir o comércio ilícito de armas. Estima-se que a cada ano as várias autoridades de segurança envolvidas só conseguem confiscar de 10% a 15% das armas ilegais em todo o mundo, de acordo com o ex-agente Joe Anarumo. “Estamos apenas arranhando a superfície”, disse ele.

Entretanto, houve algumas histórias de sucesso. Em março de 2019, a HSI foi informada por seus parceiros brasileiros sobre uma quadrilha de contrabando de armas que exportava fuzis e munições para São Paulo, originários dos EUA. A eficácia da chegada dessas armas às mãos de várias quadrilhas como o Comando Vermelho (CV), ou Amigos dos Amigos (ADA), que o governo brasileiro coordenou seus esforços com a DEA. Como resultado, membros importantes de uma importante organização criminosa foram presos, todos brasileiros com passaportes dos EUA.

Frederik Barbieri, um brasileiro mais conhecido como o Senhor das Armas e um dos mais prolíficos contrabandistas de armas, foi finalmente preso no verão de 2018. Ele estava contrabandeando todos os tipos de armas de fogo, munições e explosivos para o Rio de Janeiro, usando contêineres para esconder sua carga ilícita. As poucas armas que as autoridades norte-americanas confiscaram foram encontradas nos lugares mais improváveis, como aquecedores de água e bombas de piscinas. Barbieri estava ganhando tanto dinheiro que o governo dos EUA ainda não sabe ao certo a extensão do poder financeiro de seu império. O Senhor das Armas recebeu uma sentença de 12 anos por seus crimes, interrompendo as operações de uma das maiores quadrilhas de contrabando de armas de todos os tempos.


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Fonte: Leonardo Ferreira

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