Brasileiro flagrado estuprando criança de 4 anos é condenado a 16 anos de prisão em CT

Um ex-residente de de Ansonia, no estado de Connecicut, que foi pego por uma babá estuprando uma menina de 4 anos, foi condenado a 16 anos de prisão. A sentença foi divulgada na segunda-feira, dia 06. O condenado é o mineiro da região de Pato de Minas, Mauredson Chaves, 40.

No dia 07 de setembro ele admitiu a culpa de duas acusações de agressão sexual em primeiro grau e contato sexual ilegal com um menor de idade. As autoridades disseram que o brasileiro agrediu sexualmente, além da menina de quatro anos, outra duas, de 09 e 10 anos, que ele conhecia.

O mineiro está preso desde fevereiro de 2019, quando a polícia de Bridgeport (CT) parou um carro em que ele estava. No interior do veículo havia uma bolsa cheia de roupas e um passaporte vencido. De acordo com as autoridades, ele estava prestes a pegar a Interestadual 95.

A prisão ocorreu depois que a polícia de Ansonia declarou que um médico do pronto-socorro do Hospital de Bridgeport havia procurado o departamento depois que a menina de 4 anos foi levada para ser tratada.

A mãe da menina havia recebido um alerta em seu telefone de uma câmera de vigilância instalada em sua casa. Ela viu que o casaco das vítimas estava bloqueando a visão, de acordo com os documentos judiciais. Quando a mãe verificou outra câmera, viu o brasileiro estuprando a menina.

A polícia de Ansonia disse ter analisado as imagens das câmeras, que mostravam outras agressões sexuais da menina e das outras duas. Chaves confessou o crime durante uma entrevista com investigadores.

Na audiência de segunda-feira, a Procuradora-assistente sênior do estado, Mary Sanangelo, disse que uma das vítimas afirmou que o brasileiro ofereceu pagar com dinheiro e videogames o ato sexual.

Promotor há mais de 30 anos que lidou com centenas de casos de agressão sexual, Sanangelo disse que os atos "depravados e hediondos" de Chaves foram os mais assustadores que viu. “Este é de longe um dos piores casos que este tribunal, creio eu, já vivenciou”, disse ela.

“A única coisa boa que o senhor Chaves fez neste caso foi confessar e se declarar culpado”, disse Sanangelo, acrescentando que a mãe das vítimas concordou com a pena de prisão de 16 anos exigida no acordo de confissão.

Um funcionário do centro que atende casos de traumas de estupro leu uma declaração da mãe das meninas que dizia que as vítimas disseram que “não vão se casar quando forem adultas por causa de todo o trauma e dor” que o brasileiro causou.

O advogado de Chaves, o Defensor Público Assistente Sênior Kenneth Bunker, disse que embora nada pudesse mudar ou explicar o que aconteceu, seu cliente está "muito arrependido" por seus crimes e concordou em ser deportado para o Brasil assim que sair da prisão. Por meio de um intérprete, o brasileiro pediu desculpas às vítimas. “Sei que não é fácil para elas me perdoarem, mas tem sido muito difícil para mim também”, disse ele. “Estou usando esse tempo para aprender mais sobre coisas como o uso de drogas, não cometer esse erro novamente”, acrescentou.

A declaração não agradou ao juiz Peter Brown, que ergueu a voz indignado ao se dirigir a Chaves.

"Erro? Não foi um erro, senhor Chaves. Não posso acreditar que você se apresentaria perante este tribunal, perante esta família e diria que cometeu um erro”, disse Brown, batendo em sua mesa. “Isso não foi um erro. Isso foi intencional. Foi uma demonstração de crueldade que não via desde que assumi o cargo em 2004. Pode ter sido alimentado por abuso de substâncias, pode ter sido alimentado por muitas coisas, mas não foi um erro. Vamos deixar isso bem claro”, disse o juiz. “Você destruiu aquelas crianças, seu crescimento, seu desenvolvimento, você esmagou e destruiu sua mãe, e a sentença que este tribunal vai impor, espero que você sinta”, continuou.

Em seguida, foi ele foi sentenciado a 30 anos de prisão, com suspensão da pena após cumprir 16 anos, e depois mais 10 anos de liberdade condicional.

O juiz ordenou também que Chaves se registrasse como agressor sexual vitalício e proibiu-o de ter contato com as vítimas até 2091.

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