Filho que que matou brasileira com tiro de espingarda alega insanidade

O adolescente de Pensacola, na Flórida, que admitiu ter atirado e matado sua mãe com um tiro de espingarda, pretende alegar insanidade. De acordo com as informações, David Allan Ohlson, 18 anos, se declarou inocente da acusação de assassinato em segundo grau por atirar na brasileira Adriana Ohlson, 48 anos.

Na semana passada, a advogada de Ohlson, Sharon Wilson, apresentou uma moção ao tribunal para contar com uma defesa de insanidade.

De acordo com a moção, há cinco particularidades da defesa do acusado: transtorno psicótico diagnosticado com alucinações e delírios, transtorno de humor, problemas mentais gravemente prejudicados, transtorno de adaptação e redução dos controles cognitivos, emocionais e de personalidade. Vários médicos locais também estão listados como testemunhas.

Ohlson está na cadeia do condado de Escambia, sem direoto a fiança, desde que foi preso em 8 de abril por matar sua mãe em sua casa, em Bellview. Ele admitiu aos delegados do Gabinete do Xerife do Condado de Escambia que atirou no abdômen e que "de todas as pessoas que ele planejava atirar, não esperava que sua mãe fosse uma delas".

O jovem disse, também, que estava chateado porque seus pais haviam se separado recentemente e ele acreditava que sua mãe iria embora.

O pai de Ohlson, Aaron Ohlson, de 43 anos, testemunhou o tiroteio e relatou que foi "acidental". Ele disse aos delegados que ele e sua esposa estavam separados, mas veio à casa naquela manhã porque Adriana Ohlson o chamou para ajudar com o filho estava com uma espingarda.

David disse que se acalmou e descarregou a arma quando seu pai chegou, mas acabou colocando uma bala na câmara e atirou em sua mãe.

"Era uma espingarda que ficava na casa para proteção da família", disse o xerife do condado de Escambia, Chip Simmons. "O pai dele comprou e estava na casa para proteção de todos. Estava em um cofre, mas David Ohlson teve acesso", acrescentou.

O xefire disse que não sabia se havia outras armas na casa, mas um amigo e ex-colega de classe de David Ohlson, Zavian Johnson, de 19 anos, disse que atirar com armas era um passatempo de David e seu pai. "Ele adorava suas armas", disse. "O pai dele sempre o estava levando para fazer coisas viris, como ele dizia, tais como pescar ou atirar em algum lugar. Seu pai o ensinou a atirar com muitas armas. Os dois têm uma longa história e faziam muitas coisas de pai e filho juntos. Eles eram muito próximos. Ele era mais próximo de seu pai do que de sua mãe", acrescentou.

O assassinato chocou Johnson que disse que o amigo normalmente era uma pessoa engraçada e positiva que amava seus pais. “Mas no outono passado ele parou se der tão ativo em seu grupo de bate-papo online ou de jogar videogame. Ele também estava estressado com o fato de seus pais quererem que ele se tornasse mais independente depois que ele completasse 18 anos em agosto”, afirmou.

Ele disse que David teria dito: “Meus pais andam atrás de mim para encontrar um bom emprego, mas eu realmente não quero encontrar um emprego”.

Pedidos de insanidade em casos de matricídio

Localmente, Ohlson não é o primeiro réu criminal a alegar insanidade por matar sua mãe. Em 2018, um juiz do condado de Santa Rosa considerou o veterano do Exército dos EUA, Chris Lynch, inocente por insanidade por espancar selvagemente Cheryl Lynch, de 61 anos, até a morte com uma haste de metal no Dia das Mães de 2016. Vários profissionais médicos testemunharam quando a mãe morreu, o acusado ficou psicótico e insano devido a uma lesão cerebral traumática que sofreu durante o serviço militar.

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