Fim de semana do Memorial Day é marcado por tiroteios e mortes

Os últimos dias foram marcadas pela violência armada em várias regiões nos Estados Unidos. Em meio a pedidos de controle de armas após o massacre que ocorreu na semana passada em uma escola primária de Uvalde, Texas, parece que a situação está piorando. Neste final de semana, em que o país celebrou o Memorial Day, não foi diferente. De acordo com o Gun Violence Archive, que rastreia este tipo de ocorrência nos Estados Unidos, houve pelo menos 14 "tiroteios em massa" no fim de semana em que o país celebrou o Memorial Day.

A organização define tiroteio em massa quando um incidente envolve "quatro ou mais pessoas baleadas ou mortas, sem incluir o atirador".

Pelo menos nove pessoas foram mortas nos tiroteios deste final de semana, com mais de 60 feridos, de acordo com os dados divulgados pela organização.

Uma contagem preliminar descobriu que a violência armada – não apenas tiroteios em massa – deixou pelo menos 156 pessoas mortas e 412 feridas das 5:00 p.m. de sexta-feira, dia 27, às 5:00 a.m desta terça-feira, dia 31.

Entre os tiroteios deste fim de semana prolongado um aconteceu na noite de segunda-feira no centro de Charleston, Carolina do Sul. Várias pessoas foram baleadas e pelo menos três agentes da lei ficaram feridos.

No início do mesmo dia, um tiroteio em Filadélfia (Pensilvânia) deixou duas mulheres mortas e outras duas feridas. A polícia local disse que encontrou duas baleadas na cabeça, em Port Richmond, pouco antes da 1:30 a.m. elas morreram no hospital.

Um adolescente também foi levado às pressas para o hospital com um ferimento de bala no ombro em conexão com o mesmo incidente, onde um homem também foi encontrado baleado a um quarteirão de distância e levado para um hospital e está em estado crítico.

Na noite de sábado, seis adolescentes ficaram feridos após um tiroteio em Chattanooga, Tennessee, de acordo com o prefeito da cidade, Tim Kelly, que fez uma publicação no Twitter. Ele expressou a sua raiva e frustração com o incidente. "Estou com o coração partido pelas famílias e vítimas cujas vidas foram destruídas. Nenhum pai deveria receber a ligação de que seu filho morreu", escreveu. "Mas também estou com raiva. Seis adolescentes foram baleados no que acreditamos ter sido uma briga entre adolescentes. E mais uma vez, estou aqui na sua frente falando sobre os jovens da nossa comunidade serem baleados. Isso é ultrajante e tem que parar", acrescentou. "É ridículo que eu precise declarar publicamente que as armas não têm lugar nas mãos de nossos filhos", finalizou.

A onda de tiroteios no fim de semana do Memorial Day ocorreu em meio a crescentes pedidos por reformas no uso de armas após o tiroteio na Robb Elementary School, em Uvalde, em 24 de maio, que deixou 19 crianças e dois professores mortos.

Na segunda-feira, o presidente Joe Biden pressionou pela proibição de algumas armas, dizendo: “Não faz sentido poder comprar algo que pode disparar até 300 tiros. Não há base racional para que as pessoas tenham acesso a armas de alto calibre. Lembre-se, a Constituição, a Segunda Emenda nunca foi absoluta”, disse ele a repórteres do lado de fora da Casa Branca depois de voltar de Delaware. "Você não podia comprar um canhão quando a Segunda Emenda foi aprovada. Você não pode sair e comprar um monte de armas”, disse.

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