Cientistas avistam quatro baleias assassinas nas águas do sul da Nova Inglaterra

Da redação

Em um raro momento, os cientistas do New England Aquarium avistaram quatro baleias assassinas nadando juntas enquanto uma equipe fazia pesquisas aéreas 40 milhas ao sul de Nantucket, Massachusetts.

Orla O'Brien, pesquisadora associada que lidera a equipe de levantamento aéreo do Aquarium's Anderson Cabot Center for Ocean Life, disse que "é incomum ver orcas nas águas da Nova Inglaterra".

“Inicialmente, eu conseguia ver apenas dois pontinhos à frente do avião”, disse Katherine McKenna, cientista pesquisadora assistente, que avistou as baleias pela primeira vez. “Enquanto circulávamos a área, duas surgiram rápido demais para saber o que eram. Na terceira vez, demos uma boa olhada e pudemos ver a coloração reveladora antes que as grandes barbatanas dorsais quebrassem a superfície”.

“Vê-las nadar em formação foi simplesmente irreal”, disse O'Brien. “Acreditamos que se trata de dois machos e duas fêmeas, mas isso não foi confirmado. Acho que ver orcas é particularmente especial para nós, porque revela aquela parte da infância quando falávamos em ser uma bióloga marinha”, disse O’Brien, acrescentando que a população da espécie é muito pequena nas águas ocidentais do Atlântico Norte.

As quatro baleias assassinas – também conhecidas como orcas – estavam entre as quase 150 baleias e golfinhos que a equipe avistou durante o voo de sete horas, incluindo 23 baleias-comuns contando com uma mãe e um filhote, cinco baleias minke, 62 golfinhos nariz-de-garrafa e 20 baleias jubarte.

A única orca vista regularmente nas águas do Atlântico Norte é “Old Thom”, uma grande orca macho conhecida por nadar sozinha, às vezes ao lado de golfinhos, no Golfo do Maine e na Baía de Fundy. Ela foi vista pela última vez nas águas de Massachusetts em maio de 2022, ao largo de Cape Cod.

Por mais de uma década, o New England Aquarium realiza pesquisas aéreas sobre as águas ao sul de Martha's Vineyard e Nantucket, coletando dados sobre todos os animais com foco em espécies protegidas de baleias e tartarugas marinhas. Essas pesquisas foram financiadas pelo Massachusetts Clean Energy Center, Bureau of Ocean Energy Management, NOAA, desenvolvedores de energia eólica e fundações privadas.

Os voos ajudam a monitorar as mudanças nas populações de animais, identificar várias espécies e reconhecer tendências usando dados padronizados coletados ao longo de muitos anos.

Credito da foto: New England Aquaruium