Publicado em 12/12/2023 as 5:00pm
Homem é inocentado após passar 19 anos preso por assassinato em Minnesota
Da redação Na manhã desta segunda-feira (11/12), Marvin Haynes, um norte-americano de 36...
Da redação
Na manhã desta segunda-feira (11/12), Marvin Haynes, um norte-americano de 36 anos, deixou a penitenciária estadual de Stillwater, Minnesota, após passar 19 anos atrás das grades. O juiz do Tribunal Distrital do Condado de Hennepin, William Koch, anulou sua condenação por um assassinato ocorrido no norte de Minneapolis em 2004.
A libertação de Haynes, que ocorreu poucos dias após seu 36º aniversário, foi resultado do reconhecimento de que as provas utilizadas em seu julgamento eram "inconsistentes com as melhores práticas", conforme apontado pelos advogados do ex-prisioneiro e pelo gabinete do procurador.
A condenação de Haynes, supervisionada à época pela senadora estadunidense Amy Klobuchar, chefe de gabinete do Procurador do Condado de Hennepin, foi relacionada a um caso de tentativa de assalto a uma floricultura em 2004. A vítima, Cynthia McDermid, descreveu o criminoso como um rapaz negro de cabelo curto. Contudo, Haynes não correspondia à descrição e foi erroneamente apontado como suspeito com base em uma denúncia anônima.
O caso foi marcado por inconsistências, desde a falta de correspondência na descrição física do verdadeiro criminoso até a ausência de evidências conclusivas que ligassem Haynes ao crime. Apesar disso, em 2005, o júri considerou-o culpado, levando-o às lágrimas durante a audiência ao proclamar sua inocência.
A revisão do caso foi iniciada pelo Great North Innocence Project, que formalmente apresentou-o ao Gabinete do Procurador do Condado de Hennepin. Andrew Markquart, advogado do projeto, enfatizou a raridade dessas revisões em Minnesota e a necessidade de questionar casos mesmo após décadas.
Marvin Haynes, agora em liberdade, planeja buscar compensação pela sentença injusta. Um financiamento coletivo foi criado por seus apoiadores na plataforma GoFundMe para auxiliá-lo enquanto procura emprego. Emocionado, ele expressou o desejo de visitar sua mãe, que sofreu um AVC há alguns anos, como sua primeira ação após a libertação.
Este caso levanta questionamentos sobre a eficácia do sistema judiciário e destaca a importância de revisões justas para prevenir injustiças prolongadas.