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Publicado em 16/12/2023 as 11:00am

Criança de 10 anos é condenada por urinar em público no Mississippi

Da redação Uma controversa decisão judicial nos Estados Unidos está gerando debates sobre...

Da redação

Uma controversa decisão judicial nos Estados Unidos está gerando debates sobre discriminação racial e o tratamento dado a crianças em situações delicadas. Um garoto de 10 anos, residente em Senatobia, no Mississippi, foi condenado pelo juiz da Vara da Juventude a três meses de prisão, sob liberdade condicional, após ser flagrado urinando em público. A sentença inclui a obrigação de se consultar com um oficial de condicional mensalmente e a redação de um relatório sobre o ex-jogador de basquete, Kobe Bryant.

A acusação apresentada contra o jovem alega que ele seria uma criança "necessitando de supervisão", mas a família, representada pelo advogado Carlos Moore, não planeja recorrer da decisão. Moore destaca que o garoto não possui antecedentes criminais, ressaltando que a pena se limita à liberdade condicional. Ele também aponta que o jovem, fã de Kobe Bryant, não se opõe a redigir o relatório de duas páginas, mas acredita que o correto seria aproveitar as férias de Natal como qualquer outra criança.

O incidente que levou à prisão do garoto ocorreu em 10 de agosto, quando a polícia de Senatobia o deteve por urinar atrás do carro da mãe. O advogado da família argumenta que a atitude do menino foi "o que qualquer pessoa razoável faria", considerando a ausência de banheiros públicos nas proximidades.

A defesa destaca que a prisão e a sentença aplicada possuem fortes elementos de discriminação racial. A mãe do garoto, Latonya Eason, embora hesite em afirmar categoricamente, denunciou à NBC que seu filho foi maltratado durante o processo. Eason revela que, após a detenção, o garoto foi colocado em uma cela na delegacia, resultando em um trauma que o fez perder a confiança nas autoridades policiais.

O chefe do departamento de polícia de Senatobia se manifestou sobre o caso, admitindo que as ações dos oficiais responsáveis violaram as políticas de abordagem em situações semelhantes. Um dos agentes envolvidos não faz mais parte do departamento, e o outro será submetido a uma correção disciplinar. O departamento anunciou um programa de treinamento para todos os agentes, visando melhorar a abordagem em casos que envolvem crianças e adolescentes.

O caso suscita reflexões sobre a necessidade de revisão de procedimentos policiais e a possível influência de preconceitos raciais nas decisões judiciais, levando a questionamentos sobre a justiça e a equidade no sistema legal norte-americano.

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