Chegou o Classificado do Brazilian Times. Divulgue ou busque produtos e serviços agora mesmo!

Acessar os Classificados

Publicado em 5/01/2015 as 12:00am

RealTransfer é investigada por lavagem de dinheiro

Em Massachusetts, a empresa de transferência de dinheiro atende a comunidade brasileira no MetroWest, Cape Cod e Grande Boston

Alguns bancários de Massachusetts estão querendo revogar a licença de uma companhia de transferência de dinheiro, com sede em Marlborough (Massachsusetts). A decisão aconteceu depois de uma fiscalização aos livros da empresa e foram detectados pequenas falhas no cumprimento das leis estaduais e federais.

A “Massachusetts Division of Bank” apresentou o processo no dia 04 de dezembro um processo administrativo contra a Real Transfer, uma companhia de transferência de dinheiro com sede na Florida.

A companhia, que tem mais de duas dúzias de agentes autorizados em Massachusetts, teria deixado de registrar corretamente as suas transações ou fornecer recibos detalhados aos seus clientes. Ela também não conseguiu se proteger contra a lavagem de dinheiro e não comunicou possíveis transações irregulares.

Em um dos exemplos citados no processo, um cliente transferiu US$350,000 para uma conta no Brasil em 15 parcelas distintas em um único ano. Estas operações não foram reportadas para as autoridades. Em outras palavras, os envios foram feitos por “baixo do pano”.

Os investigadores determinaram que a companhia estava monitorando a conta do cliente, mas não conseguiu detectar uma possível transação suspeita, mesmo depois que a pessoa que enviou mostrou um ele recebeu menos de US$500 de retorno do imposto de renda.

Segundo a divisão de bancos, a conduta da empresa levanta suspeitas de que ela “não funcionará legalmente, não agirá de forma honesta” no futuro.

A Real Transfer recebeu uma determinação de responder e explicar as acusações no prazo de 21 dias, após o início do processo, sob a pena de perder a sua licença. A empresa, que foi criada na Florida em 2004, opera com transferência internacional de dinheiro em Massachusetts desde 2009. As operações se expandiram e hoje ela tem agentes autorizados na região do MetroWest, Cape Cod e Grande Boston.

Ela também obteve licença para operar em New Hampshire, New Jersey e Maryland. Além disso a Real Transfer é revendedor autorizado da MetroPCS em Massachusetts, de acordo com o perfil em uma mídia social da presidente da empresa, Claudia G. Silva.

A sede da companhia em Massachusetts é 576 Boston Post Road East, em Marlborough. Ela também realiza transferências de dinheiro com agentes autorizados em 38 localidades em todo o estado. Em janeiro de 2014, o site da empresa listou comércios, lojas de celulares, restaurantes brasileiros, açougues, padarias, entre outros como seus representantes.

Na região do MetroWsety, as empresas autorizadas da Real Transfer são Marlborough Brazilian Market, Brasileirinho Market, amas em Marlborough, e Express Travel Services e Made in Brazil, em Framingham.

Desde terça-feira, dia 30 de dezembro, o site estava for a do ar.

Esta é a segunda vez que a Real Transfer entre em conflito com os examinadores bancários de Massachusetts. A primeira foi em outubro 2010, quando os livros mostraram algumas possíveis violações das leis. A empresa se comprometeu a rever sua política interna e se adequar as exigências previstas.

O período para a adequação terminou em janeiro de 2013, mas segundo uma fiscalização que começou em agosto de 2014 concluiu que ela não cumpriu o determinado e fracassou no cumprimento da lei. A empresa também se associou com a Real Transfer Ltd. E a Alphalink Financial LTD, empresas sediadas no Brasil que não têm autorização do Banco Central para operar com transferência de dinheiro.

Desde 22 de abril de 2013, a Real Transfer concordou em pagar todas as ordens através de um agente autorizado chamado Midas Sociedade Corretora de Câmbio AS. No entanto, os extratos bancários mostraram que ela utilizou vários meios e empresas para transferir o dinheiro.

A empresa também é acusada de não apresentar os relatórios anuais adequados, não comunicar ao estado que um de seus agentes estava fechando as portas e não transferia o dinheiro no tempo previsto. Em 17 casos, ela não conseguiu enviar o dinheiro dos clientes no prazo de sete dias, como é exigido pela lei, de acordo com a denúncia. Destas, pelo menos três operações levaram 10 dias ou mais para serem concluídas.

Fonte: Da Redação

Top News