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Publicado em 15/05/2015 as 12:00am

Brasileiros denunciam golpe do falso apto para aluguel

O suposto locador fala que mora em outro estado e exige um depósito para disponibilizar a chave do imóvel

As redes sociais estão cada vez mais presentes na vida das pessoas e os brasileiros que vivem nos Estados Unidos sabem muito bem a importância desta ferramenta. Eles constroem rol de amizades, promovem festas e muitos denunciam esquemas que estão prejudicando pessoas na comunidade. A mais recente denúncia foi a do “golpe do falso apartamento”. Segundo a publicação de Lorrany dos Santos, o site Craiglist está sendo usado para praticar o crime.

Ela relatou em sua publicação que uma pessoa se passa por médico e se identifica como doutor William Robert. O endereço do suposto apartamento é 59 Edith Street, Everett (MA). No anúncio, fala que o imóvel tem três quartos e três banheiros e o valor da locação é de $1,300 com tudo incluído.

Ao entrar em contato, Lorrany disse que o suposto locador pediu um “security deposit” adiantado e depois de confirmado o envio do valor solicitado, ele enviaria a chave do imóvel. O falso proprietário estaria morando em New York. “Eu não cai neste golpe, pois desconfiei porque exigia dinheiro adiantado, sem eu ter visto o local”, fala.

Em conversa com a redação do Brazilian Times, Lorrany contou que já foi vítima de outros golpes, inclusive o golpe do falso emprego onde o estelionatário oferece um emprego, envia um cheque acima do valor combinado e pede para a pessoa devolver o restante. “O problema este emprego não existe e você fica no prejuízo”, fala ressaltando que perdeu US$2 mil.

Lorrany disse que na época não desconfiou de nada e que como estava precisando de emprego, aceitou a proposta. O estelionatário enviou um cheque, pediu para que ela o depositasse e em seguida enviasse a diferença para uma pessoa em outro estado. “O problema é que eu confiei e enviei a diferença antes do cheque ser compensando”, continua.

Além desse, Lorrany disse que caiu no golpe do Grant Money. Uma pessoa ligou para ela e se apresentou como funcionário do Governo e “que como a brasileira pagava suas contas em dia, o governo a estava qualificando para Grant Money”.

Ela afirma que também não desconfiou de nada e seguiu todas as instruções. “Fui ao Walgreens, comprei um cartão que não me recordo o nome e preenchi alguns formulários. Mas para eles enviarem o dinheiro eu teria que depositar $300 neste cartão e passar o número para esta pessoa”, fala se indignando que tenha caído em mais um golpe.


TESTEMUNHOS

Assim que Lorrany publicou o seu desabafo em relação ao golpe do falso aluguel, várias pessoas afirmaram que conhecem este tipo de crime e alguns até foram vítimas. O alerta que a maioria dos internautas fez é que este tipo de estelionatário está agindo todos os dias e nos Estados Unidos, o crime se tornou muito comum.

Igor Caetano disse que conheceu, em Marlborough (MA), uma casa de três quartos que está para ser alugada por $800,00. “A mulher exigia o depósito para me mandar a chave, dizendo ela que estava na Virgínia. Era tudo mentira, pois ela mora em Framingham”, alertou.

Ele disse que a mulher se apresentou como Donna Showm. “Realmente essa mulher existe é ela morava na casa que estava para alugar. Mas passamos em frente ao imóvel e vimos que ele estava à venda pela Remax. Procuramos contato da imobiliária e uma pessoa nos informou que a casa não podia ser alugada”, explica.

Outra pessoa que foi alvo do estelionatário do “Craiglist” foi a mineira Kelly Campos. Segundo ela, a mesma pessoa estava alugando uma casa em Braintree e se apresentou como missionário e que precisava alugar o imóvel porque fica muito tempo fora e o local estava abandonado. “Ele me enviou o endereço de uma casa e, junto com meu esposo, fui olhar, mas não tinha ninguém. Voltamos e entrei em contato com o suposto locador”, fala.

Segundo Kelly, o locador disse que só daria a chave mediante um depósito e somente depois da confirmação, “ele pediria a um amigo para nos dar a chave”. A mineira disse que se revoltou com a situação e que ameaçou chamar a polícia. “Ele desapareceu e até o e-mail ele deletou”, conclui.

A mesma história de um missionário da África querendo alugar um imóvel foi confirmada por Márcia Gallani. Segundo ele, “há quatro anos, recém-chegada aos Estados Unidos, quase foi vítima”. Ela conta que a pessoa também exigiu um depósito. “Preenchi até um formulário com os dados do meu marido, Social Security e até foto nossa eu enviei. Mas não realizei o depósito porque fomos ver a casa antes e estava ocupada”, explica.

Fonte: Da Redação do Brazilian Times | Reportagem de Luciano Sodré

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