Ativistas marcha por sete estados para pedir e Biden uma reforma imigratória

No estado de Delaware, centenas de defensores dos direitos dos imigrantes liderados por Make the Road Action e Casa in Action vieram em uma marcha que passou por sete estados e Washington DC convergindo para Wilmington, cidade natal do presidente eleito Joe Biden. O evento terminou no dia 15 e teve como objetivo entregar uma mensagem ao novo Chefe da nação: “Se manter firme e tomar medidas decisivas em três questões principais - imigração, reforma da justiça criminal e alívio da dívida de Porto Rico.

Mas o compromisso de Biden em cumprir sua promessa de campanha de desmantelar as políticas de imigração do governo Trump por meio da autoridade executiva foi recentemente colocado em dúvida. No dia 13 de dezembro, a NPR relatou que o presidete eleito intencionalmente não incluiu a imigração em suas quatro principais prioridades porque a equipe de transição sentiram que os ativistas da imigração se tornaram fortes adversários.

“Queremos que este novo governo acabe com a máquina de deportação do ICE”, disse Alvarez, membro da Make the Road Action na Pennsylvania, diante de uma multidão socialmente distanciada, formada por defensores dos direitos dos imigrantes e aliados, na Rodney Square de Wilmington.

Ela tem sido uma das defensoras contra as deportações do ICE no Condado de Berks, Pensilvânia, e Dilley, no Texas, onde "23 famílias negras e pardas, incluindo 28 crianças, estão enfrentando deportações ilegais”.

Sobre a imigração, os ativistas exigem que Biden faça nos seus primeiros 100 dias de governo uma reversão das políticas de imigração impostas pelo presidente Trump. A agenda política pela qual se mobilizaram inclui uma moratória sobre detenção e deportação de imigração, aceitação de novos requerentes para o programa Ação Adiada para Chegadas na Infância (DACA, sigla em inglês), além do início de negociações em todos os litígios do Status de Proteção Temporária (TPS, sigla em inglês), designando Camarões, Guatemala e Venezuela para este programa, e um caminho para a cidadania para 11 milhões de pessoas indocumentadas que vivem no país.

“Sabemos que a nova administração tem a capacidade de usar a ação executiva como uma ferramenta-chave, tanto para reverter as políticas devastadoras de Trump quanto para melhorar a aplicação das leis de imigração. Durante a campanha, o presidente eleito Biden se comprometeu a fazer isso, incluindo uma moratória nas deportações”, disse Javier H. Valdés, co-diretor executivo da Make the Road Action.

Na semana passada, houve vazamentos da equipe Biden sugerindo que ele estava cauteloso ao usar ações executivas, de acordo com o The American Prospect. Durante a administração Obama, havia uma tendência de culpar o Congresso pela inação em relação aos projetos de imigração.

“Como deixamos claro em Wilmington, manteremos seu governo com esse compromisso e estamos ansiosos para trabalhar e garantir que a próxima administração aplique as melhores políticas possíveis para nossas comunidades”, disse Valdés.

Fonte: Da redação