A Maratona de Boston, realizada no dia 21 de abril de 2025, reuniu 32 mil corredores de 129 países e reafirmou seu prestígio como uma das mais emblemáticas e desafiadoras provas do mundo.
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Maratona de Boston emociona brasileiros: Um dia de superação, sonho e inspiração
00A Maratona de Boston, realizada no dia 21 de abril de 2025, reuniu 32 mil corredores de 129 países e reafirmou seu prestígio como uma das mais emblemáticas e desafiadoras provas do mundo. Os vencedores foram John Korir e Sharon Lokedi, ambos quenianos, e entre os participantes, cerca de 600 brasileiros marcaram presença em diferentes frentes: atletas profissionais como Aline Rocha e Vanessa, amadores, e voluntários, demonstrando a força e o entusiasmo da comunidade brasileira neste cenário internacional. O evento contou com uma estrutura impressionante, que incluiu mais de 9.500 voluntários.
Entre os voluntários brasileiros, o maratonista paralímpico Geison Rodrigues compartilhou a emoção de viver mais uma experiência inesquecível. “Tive a honra de atuar novamente como voluntário em duas frentes estratégicas da organização, junto à equipe da Boston Athletic Association: no Bus Loading Area e na distribuição de medalhas na linha de chegada. Participei da operação logística que leva os atletas do Boston Common até Hopkinton, onde a prova começa. Foram cerca de 500 ônibus escolares amarelos, cada um realizando duas viagens de aproximadamente 40 minutos. É uma operação grandiosa que transporta com segurança mais de 30 mil atletas, e poder contribuir com essa engrenagem me enche de orgulho. Trabalhei lado a lado com pessoas incríveis como Ides Figueiredo, que também atuou estrategicamente nessa área”, relatou.
A 128ª edição da tradicional Maratona de Boston, realizada em abril de 2025, foi mais uma vez palco de histórias que transcendem o esporte. Entre os mais de 30 mil corredores que desafiaram as ladeiras e curvas históricas do percurso, lá estavam centenas de brasileiros carregando as cores verde e amarelo, dentre eles o maratonista amador Luan Florence de Medeiros que lutou por anos até conseguir uma vaga na maratona de 2025.
Para Luan Florence, completar a prova com o tempo de 2h54min57s foi mais do que um feito esportivo, foi a realização de um sonho cultivado por quase seis anos. Com emoção na voz, ele descreveu a maratona como um “eco de amor, cooperação e respeito”, definindo o evento como um dos dias mais felizes de sua vida.
“Esse tempo significa muito pra mim, porque ficou dentro da marca do sub-3, que para atletas amadores é extremamente significativo. Fazer isso na Maratona de Boston é sensacional. Provavelmente vou lembrar desse dia pra sempre. Estou falando de um sonho de quase seis anos, desde a concepção da ideia, do desejo, da construção, da conquista e da realização dele”, disse.
Mais do que o tempo alcançado, o que ficou para Luan foi a lição de vida embutida no processo. Ele destaca que a corrida representa uma metáfora potente sobre perseverança e crescimento contínuo:
“Esse dia deixou muito claro que nós podemos e devemos sonhar. Precisamos de ousadia e coragem para continuar tentando. Existe prêmio para quem faz um pouquinho melhor a cada dia. Pode ser o 0,1% do dia, mas sempre buscando ser melhor. Focar no hoje, olhar pra frente com paixão pelos sonhos, isso vale muito a pena.”
Praticante de esportes desde a infância, Luan encontrou na corrida, nos últimos anos, uma ferramenta para expandir seus limites físicos, mentais e humanos.
“O esporte é uma ferramenta que traduz a nossa grandeza. Ele nos ajuda a compreender nossos limites e nos impulsiona a sermos melhores seres humanos, a construirmos melhores relações”, afirmou.
Enquanto Luan viveu a emoção de participar como atleta, Geison Rodrigues, maratonista paralímpico brasileiro, retornou pelo segundo ano consecutivo como voluntário da Maratona de Boston. Atuando nos bastidores, Geison reforça que o espírito da prova vai além da competição: trata-se de união, inclusão e respeito.
“Estar aqui mais uma vez, agora como voluntário, é entender que a corrida não é só sobre quem cruza a linha de chegada. É sobre todos que contribuem para que essa jornada aconteça. É inspirador ver tantos atletas e voluntários de todas as partes do mundo, todos unidos por uma mesma paixão.”
A Maratona de Boston, a mais antiga corrida do gênero no mundo ainda em atividade, segue como referência não apenas pelo desafio técnico de seu percurso, mas pela profundidade humana das histórias que abriga. Os atletas mostraram que o verdadeiro pódio é reservado àqueles que correm movidos por sonhos, e que inspiram os outros a sonhar também.
Contatos
@medeirosluanel
@geison_maratonista
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