New Hampshire se tornou o primeiro estado da Nova Inglaterra a proibir as “cidades santuário” com a assinatura de dois projetos de lei pela governadora Kelly Ayotte. A medida visa fortalecer a colaboração entre as autoridades locais e federais em questões de imigração.
Publicidade
Publicidade
New Hampshire é o primeiro estado da Nova Inglaterra a proibir as chamadas “cidades santuário”.

Na quinta-feira, dia 22, New Hampshire tornou-se o primeiro estado da região da Nova Inglaterra a vetar oficialmente as chamadas “cidades santuário”. A medida foi concretizada com a assinatura de dois projetos de lei, o House Bill 511 e o Senate Bill 62, pela governadora republicana Kelly Ayotte. As novas normas proíbem políticas que restrinjam a colaboração entre as autoridades locais e as agências federais de imigração. Além disso, obrigam a polícia local a atender pedidos de detenção emitidos pelo U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) por até 48 horas, e autorizam acordos de cooperação ativa com o governo federal.
Ayotte, que fez da proibição das cidades santuário um dos principais pontos de sua campanha eleitoral em 2024, afirmou que a iniciativa é fundamental para manter New Hampshire como o estado mais seguro do país. Ela também criticou as políticas de imigração de Massachusetts, alegando que o estado vizinho enfrenta uma crise migratória ilegal bilionária. A governadora reforçou que as leis recém-aprovadas têm como foco a segurança pública, sem deixar de apoiar a imigração legal.
A proposta, no entanto, encontrou resistência entre os democratas, que alertaram que obrigar a polícia a colaborar com o ICE pode inibir denúncias de crimes por parte de imigrantes com medo de deportação, o que poderia comprometer a segurança das comunidades. Cidades como Lebanon e Hanover, conhecidas por adotarem políticas de acolhimento, foram citadas como opositoras da mudança.
Embora New Hampshire não tenha cidades oficialmente reconhecidas como santuário, estima-se que entre 10 e 12 municípios mantinham políticas que limitavam a cooperação com a imigração federal. Com a nova legislação, essas práticas foram banidas, alinhando o estado à abordagem migratória defendida pelo ex-presidente Donald Trump.
Compartilhar
Publicidade