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Suspeito de matar legisladora de Minnesota e ferir senador é preso após caçada nacional

Foi capturado neste domingo (15) o homem suspeito de atirar em dois parlamentares democratas de Minnesota, matando uma ex-presidente da Câmara estadual e ferindo gravemente um senador. Vance Boelter, de 57 anos, foi preso após uma intensa operação policial que mobilizou mais de 100 agentes, incluindo equipes da SWAT e o FBI.

Da redação

Foi capturado neste domingo (15) o homem suspeito de atirar em dois parlamentares democratas de Minnesota, matando uma ex-presidente da Câmara estadual e ferindo gravemente um senador. Vance Boelter, de 57 anos, foi preso após uma intensa operação policial que mobilizou mais de 100 agentes, incluindo equipes da SWAT e o FBI.

Segundo autoridades, Boelter assassinou a ex-presidente da Câmara Melissa Hortman, de 55 anos, e seu marido, Mark, na casa do casal em Brooklyn Park, subúrbio ao norte de Minneapolis, na madrugada de sábado. Pouco antes, ele teria invadido a casa do senador estadual John Hoffman, 60, e sua esposa Yvette, em Champlin, a cerca de 15 quilômetros de distância. Ambos foram baleados múltiplas vezes, mas sobreviveram.

Yvette Hoffman, em mensagem compartilhada pela senadora Amy Klobuchar, revelou que o marido passou por várias cirurgias e está fora de perigo. “Ele levou nove tiros. Eu levei oito. Estamos incrivelmente sortudos por estarmos vivos”, escreveu.

As autoridades acreditam que Boelter agiu disfarçado de policial, utilizando um carro modificado para parecer uma viatura oficial. Ele teria fugido a pé após trocar tiros com a polícia na casa dos Hortman. Um veículo suspeito foi encontrado abandonado em Sibley County, cerca de 80 km de Minneapolis. Próximo ao carro, os investigadores encontraram um chapéu de caubói, item que Boelter usava em uma foto divulgada ao público. Armas do tipo AK foram recuperadas no veículo.

 

Motivação ainda incerta

A motivação para os crimes ainda está sob investigação. Dentro do carro abandonado, autoridades encontraram escritos e uma lista com cerca de 70 nomes — incluindo políticos estaduais e federais, defensores do direito ao aborto e líderes comunitários. Embora inicialmente tenha sido descrito como um “manifesto”, o chefe do Bureau de Apreensão Criminal, Drew Evans, esclareceu que se tratava de um caderno com anotações pessoais e não um documento ideológico formal.

Boelter é ex-integrante de um conselho estadual de desenvolvimento da força de trabalho e já havia servido ao lado do senador Hoffman, embora não esteja claro se havia relação pessoal entre eles. No sábado, por volta das 6h da manhã, Boelter enviou mensagens de despedida a amigos. “Sinto muito por todo o transtorno que causei”, escreveu.

 

Alvo político?

A violência política está no centro das discussões em Minnesota e em todo o país. Segundo fontes próximas à investigação, alguns nomes da lista de Boelter pertencem a parlamentares que se destacaram na defesa de direitos reprodutivos. Hortman, como presidente da Câmara, liderou em 2023 uma série de legislações que transformaram Minnesota em um estado-refúgio para pessoas que buscam acesso ao aborto.

A notícia abalou a comunidade política e os moradores locais. No domingo, flores, bandeiras americanas e bilhetes foram deixados no Capitólio estadual. “Você foi nossa líder nos tempos mais difíceis. Descanse em poder”, dizia uma das mensagens deixadas ao lado da foto do casal Hortman.

A governadora de Minnesota, Tim Walz, prestou homenagem à ex-deputada nas redes sociais. “A mais importante presidente da história do estado”, escreveu. Hortman havia liderado os democratas desde 2017 e, no início deste ano, assumiu o cargo de presidente emérita após um acordo de divisão de poder com os republicanos.

O senador Hoffman presidia o Comitê de Serviços Humanos do Senado, responsável por uma das maiores fatias do orçamento estadual. Ele e a esposa têm uma filha adulta. O casal Hortman deixa dois filhos adultos.

 

Repercussão nacional

O caso reacendeu o debate sobre segurança de líderes públicos e o aumento da polarização política nos Estados Unidos. A presença de panfletos do movimento “No Kings” — conhecido por organizar protestos contra o presidente Donald Trump — dentro do carro do suspeito levou autoridades a cancelar manifestações previstas para o fim de semana. Mesmo assim, milhares de pessoas compareceram a atos em St. Paul, capital do estado.

A prisão de Boelter representa um alívio momentâneo em meio à comoção generalizada. A investigação, no entanto, segue em andamento, e as autoridades ainda buscam entender completamente o que motivou o ataque que tirou a vida de uma das mais influentes lideranças políticas de Minnesota.

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