Autoridades da Flórida anunciaram nesta segunda-feira (23) o resgate de 60 crianças classificadas como “criticamente desaparecidas” durante uma megaoperação contra o tráfico humano e exploração sexual de menores. A ação, batizada de “Dragon Eye”, foi liderada pelo Escritório dos U.S. Marshals no Distrito Central da Flórida, com apoio do Departamento de Polícia Estadual e do Escritório de Processos Judiciais do Procurador-Geral James Uthmeier.
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Operação Dragon Eye resgata 60 crianças em situação crítica e desmantela rede de tráfico infantil na Flórida

Da redação
Autoridades da Flórida anunciaram nesta segunda-feira (23) o resgate de 60 crianças classificadas como “criticamente desaparecidas” durante uma megaoperação contra o tráfico humano e exploração sexual de menores. A ação, batizada de “Dragon Eye”, foi liderada pelo Escritório dos U.S. Marshals no Distrito Central da Flórida, com apoio do Departamento de Polícia Estadual e do Escritório de Processos Judiciais do Procurador-Geral James Uthmeier.
A operação mobilizou cerca de 20 agências de segurança, com foco na localização de crianças desaparecidas e na prisão de suspeitos envolvidos em crimes como tráfico de drogas, exploração sexual e negligência infantil.
“Os verdadeiros heróis dessa operação são os policiais que a planejaram e executaram. Como procurador-geral e pai de três filhos pequenos, proteger as crianças é minha maior prioridade. Se você vitimiza uma criança, vai para a prisão. Ponto final,” declarou James Uthmeier.
Segundo as autoridades, as crianças resgatadas têm entre 9 e 17 anos e muitas estavam expostas a risco elevado de abuso, violência doméstica, dependência química ou exploração sexual. Em alguns casos, jovens meninas estavam grávidas, e uma delas estaria esperando um filho de seu próprio traficante.
O Delegado Federal William Berger destacou que a operação não se limitou ao resgate. Todas as crianças receberam atendimento médico, apoio psicológico e encaminhamento para cuidados de longo prazo, com o objetivo de evitar que retornem às ruas e voltem a ser vítimas.
“A parte mais importante dessa operação é que essas crianças foram ouvidas, atendidas e cuidadas. Estamos tentando garantir que elas tenham uma nova chance, longe do ciclo de abuso”, disse Berger.
O Departamento de Polícia Estadual da Flórida (FDLE) também teve papel central na missão. O comissário Mark Glass garantiu que a busca por crianças desaparecidas continuará com empenho total: “Sessenta crianças salvas. Esse número deixa claro que a Flórida nunca será um lugar seguro para traficantes. Vamos lutar por aqueles que não podem lutar por si mesmos.”
Até o momento, oito pessoas foram presas e enfrentam acusações que incluem tráfico humano, posse e tráfico de drogas e maus-tratos infantis. As investigações continuam e novas prisões podem ocorrer. Os casos estão sendo conduzidos pela Procuradoria Estadual da Flórida, com atuação direta da promotora especial Rita Peters nos processos relacionados ao tráfico.
A Flórida está entre os três estados com maior número de casos de tráfico humano nos EUA, segundo a Linha Direta Nacional contra o Tráfico de Pessoas, ao lado da Califórnia e do Texas. Apenas em 2024, o estado registrou mais de 1.830 denúncias, resultando na identificação de 1.874 vítimas, a maioria entre 11 e 17 anos, muitas delas aliciadas online ou por meio de manipulação emocional.
Diante do cenário alarmante, o governador Ron DeSantis anunciou medidas robustas de combate ao crime, como a destinação de US$ 4,9 milhões para ampliar abrigos de emergência e equipes de apoio, além de mais US$ 900 mil em subsídios ao FDLE.
“Embora nossa fronteira sul aberta convide à entrada de criminosos, os estados podem reagir com leis mais severas e treinamento adequado para que profissionais saibam identificar e combater o tráfico. A Flórida está fazendo a sua parte,” afirmou DeSantis.
O legislativo estadual também aprovou leis que agravam as penas para traficantes e tornam obrigatórios treinamentos sobre tráfico humano para funcionários de hotéis, profissionais de saúde e equipes escolares.
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