Candidato à Prefeitura de Nova York é preso por agentes do ICE durante confusão em tribunal

Brad Lander, atual controlador financeiro da cidade de Nova York e pré-candidato democrata à prefeitura, foi preso nesta segunda-feira (16) por agentes do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos) após se envolver em uma confusão diante de um tribunal federal de imigração.

De acordo com o New York Post, Lander acompanhava um réu que seria detido por agentes do governo federal. Em determinado momento, o político questionou a autoridade dos oficiais e exigiu que apresentassem um mandado judicial. Ele chegou a tentar impedir fisicamente a ação, segurando o braço do homem que estava sendo levado pelos agentes. O vídeo do incidente, já circulando nas redes sociais, mostra Lander dizendo que os agentes “não têm autoridade para prender cidadãos americanos”.

A tensão aumentou quando um dos agentes deu a ordem: “Levem ele”. Em seguida, Lander foi algemado e detido sob a acusação de obstrução da administração pública. A prisão ocorre em um momento sensível, marcado pelo aumento das operações do ICE na cidade, conforme solicitado recentemente pelo presidente Donald Trump, que tem pressionado por ações mais agressivas contra imigrantes indocumentados em estados e cidades que oferecem resistência à cooperação federal.

A equipe de campanha de Lander divulgou nota afirmando que o episódio ainda está sendo investigado e que ele está recebendo apoio jurídico. “Brad agiu em defesa dos direitos civis e da integridade do devido processo legal. A detenção foi injusta e vamos lutar para que seja reconhecida como tal”, disse o comunicado.

O caso provocou forte repercussão entre defensores dos direitos dos imigrantes, que classificaram a prisão como um “abuso de poder” e uma tentativa de intimidar autoridades locais contrárias à política migratória da Casa Branca.

O futuro político de Lander, agora sob os holofotes, pode ser impactado tanto negativamente quanto positivamente, dependendo da resposta da opinião pública ao gesto que muitos interpretam como um ato de resistência em defesa das comunidades vulneráveis de Nova York.