Neste sábado (14), data em que o presidente Donald Trump completa 79 anos, os Estados Unidos devem testemunhar uma das maiores mobilizações de protesto desde o início de seu governo. Mais de 2 mil manifestações estão previstas em todos os 50 estados, organizadas pelo movimento No Kings, que denuncia o que chama de “autoritarismo, política de bilionários em primeiro lugar e militarização da democracia”.
Publicidade
Publicidade
Milhões devem protestar nos EUA neste sábado, aniversário de 79 anos de Donald Trump

Da redação
Neste sábado (14), data em que o presidente Donald Trump completa 79 anos, os Estados Unidos devem testemunhar uma das maiores mobilizações de protesto desde o início de seu governo. Mais de 2 mil manifestações estão previstas em todos os 50 estados, organizadas pelo movimento No Kings, que denuncia o que chama de “autoritarismo, política de bilionários em primeiro lugar e militarização da democracia”.
A data escolhida para os protestos coincide com o desfile militar planejado por Trump em comemoração ao 250º aniversário do Exército dos EUA, o que gerou reações imediatas de movimentos sociais e lideranças civis. A expectativa é de que o “No Kings” supere os números da mobilização “Hands Off!”, que em abril reuniu, segundo estimativas conservadoras, 3,5 milhões de pessoas — o equivalente a 1% da população americana.
“Estamos prestes a ultrapassar esse número. Isso é histórico”, afirmou Ezra Levin, codiretor executivo da organização Indivisible, uma das entidades apoiadoras do movimento.
Protestos em todos os estados e grande aparato de segurança
Na Califórnia, são esperados mais de 200 atos. A Filadélfia deve receber entre 60 e 80 mil manifestantes, enquanto em cidades como Nova York, Phoenix, Houston, Atlanta, Charlotte e Chicago, a expectativa também é de grande participação. Na capital federal, embora não estejam previstos atos do “No Kings”, outras organizações independentes devem realizar protestos paralelos.
A resposta das autoridades inclui medidas de segurança reforçadas. Em Nova York, o prefeito Eric Adams afirmou que os 34 mil policiais da cidade estarão mobilizados para garantir a segurança dos manifestantes e da população. “Protestar pacificamente é parte essencial da democracia”, declarou.
Na Filadélfia, a polícia se prepara para a concentração de multidões em áreas como LOVE Park, Benjamin Franklin Parkway e Arch Street. Em outros estados, governadores republicanos tomaram medidas preventivas: no Texas, Greg Abbott mobilizou a Guarda Nacional; no Missouri, o governador Mike Kehoe ativou as forças estaduais em resposta à “agitação civil recente”.
Mobilização com foco na paz
Líderes do movimento enfatizam que o foco é a não violência. Em uma videoconferência na quarta-feira (12), com mais de 4 mil organizadores locais, foram repassadas orientações para manter a ordem, reduzir tensões e preservar a segurança dos participantes. Fiscais voluntários foram designados para apoiar os atos, e entre as orientações estava a recomendação de não confrontar policiais ou responder a provocações.
Tensão crescente com resposta federal
A escalada de tensão nos últimos dias inclui a mobilização da Guarda Nacional em Los Angeles e a presença de Fuzileiros Navais, em resposta a protestos contra ações da agência de imigração. Segundo o secretário de Defesa, Pete Hegseth, a medida pode servir de modelo para outras intervenções em estados que enfrentem manifestações de grande porte.
O desfile militar promovido por Trump, que acontece no mesmo dia dos protestos, deve custar até US$ 45 milhões e incluir 3,2 milhões de quilos de equipamentos militares desfilando por Washington, D.C.
A dimensão e o alcance dos protestos neste sábado devem testar os limites da liberdade de expressão e do direito à manifestação nos Estados Unidos sob o governo Trump — justamente no dia em que o presidente comemora mais um ano de vida.
Compartilhar
Publicidade