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Senado dos EUA avança megaprojeto fiscal de Trump com cortes sociais e aumento de gastos militares

Com 51 votos favoráveis e 49 contrários, o Senado dos Estados Unidos aprovou neste sábado (29) o avanço do projeto apelidado pelo presidente Donald Trump de “One Big Beautiful Bill”, uma proposta legislativa que combina cortes bilionários em programas sociais, ampliação de gastos militares e medidas rigorosas de imigração.

Da redação

Com 51 votos favoráveis e 49 contrários, o Senado dos Estados Unidos aprovou neste sábado (29) o avanço do projeto apelidado pelo presidente Donald Trump de “One Big Beautiful Bill”, uma proposta legislativa que combina cortes bilionários em programas sociais, ampliação de gastos militares e medidas rigorosas de imigração.

Com quase mil páginas, o projeto é considerado o principal pilar da agenda legislativa de Trump para 2025. A votação de sábado foi processual, mas essencial: ela desbloqueia a tramitação final do texto, que agora segue para debate conclusivo no Senado. Caso aprovado, o projeto retornará à Câmara para votação final, com expectativa da Casa Branca de sancioná-lo até o feriado de 4 de julho, Dia da Independência dos EUA.

O que prevê o projeto

A proposta prevê cortes significativos no Medicaid e no Medicare, programas de assistência médica voltados a idosos e pessoas de baixa renda. Ao mesmo tempo, destina US$ 150 bilhões adicionais ao orçamento militar, além de financiar deportações em massa e a retomada da construção do muro na fronteira com o México.

Oposição alerta para impactos sociais e fiscais

A oposição democrata rejeitou integralmente o texto e adotou medidas para adiar a votação. O líder do partido no Senado, Chuck Schumer, exigiu a leitura completa do projeto em plenário — um procedimento que pode durar até 15 horas — e classificou a medida como um “presente aos super-ricos”. Schumer também alertou para o risco de aumento da dívida pública e impacto negativo sobre a classe média.

Reviravolta decisiva no voto republicano

A aprovação só foi possível graças à mudança de voto do senador Ron Johnson, que havia se declarado contrário até instantes antes da votação. Johnson foi convencido após conversas com a liderança republicana, evitando que o desempate fosse decidido pelo vice-presidente J.D. Vance.

O presidente Trump acompanhou a votação do Salão Oval e, segundo fontes, ligou pessoalmente para senadores indecisos, como Josh Hawley e Rick Scott. Pela manhã, Trump ainda jogava golfe com Rand Paul, um dos opositores internos do projeto, numa tentativa de convencê-lo — sem sucesso.

Para garantir o apoio da senadora Lisa Murkowski, por exemplo, o projeto recebeu emendas específicas para beneficiar a indústria baleeira do Alasca. As informações são dos portais ABC News e Al Jazeera.

Críticas internas e externas

Apesar do avanço, o projeto enfrenta resistência até entre parlamentares republicanos. Representantes de estados com alta dependência do Medicaid demonstraram preocupação com os efeitos dos cortes. Especialistas estimam que até 8,6 milhões de americanos podem perder acesso à saúde se a proposta for aprovada na íntegra.

Nas redes sociais, o empresário Elon Musk classificou o pacote como “insano e destrutivo” para a economia americana. “Isso é suicídio político para o Partido Republicano”, escreveu no X (ex-Twitter).

Já Trump celebrou a votação em sua plataforma Truth Social:

“Vimos uma GRANDE VITÓRIA no Senado (…). Isso não teria acontecido sem o trabalho fantástico do senador Rick Scott, do senador Mike Lee, do senador Ron Johnson e da senadora Cynthia Lummis”, publicou.
“Muito orgulhoso do Partido Republicano esta noite. Que Deus abençoe a todos!”

Próximos passos

A votação final no Senado pode ocorrer já na segunda-feira, 1º de julho. Se aprovada, a proposta volta para apreciação na Câmara dos Representantes, onde os republicanos têm maioria estreita e ainda enfrentam dissidências internas, especialmente relacionadas aos cortes sociais.

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