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Administração Trump cancela o programa de vistos para estudantes da Harvard

O governo Trump cancelou o programa de vistos estudantis de Harvard, alegando apoio ao terrorismo e antissemitismo no campus. A universidade contesta a decisão e afirma que a medida é ilegal e prejudica sua missão acadêmica.

O Departamento de Segurança Interna (DHS) decidiu encerrar o programa de vistos estudantis da Universidade de Harvard, alegando que a instituição promoveu “conduta pró-terrorista” durante protestos no campus, segundo informações obtidas pela Fox News Digital.

A medida, considerada drástica, é consequência da alegada recusa de Harvard em fornecer ao governo registros comportamentais de estudantes estrangeiros com visto.

“A administração está responsabilizando Harvard por incentivar a violência, o antissemitismo e por colaborar com o Partido Comunista Chinês dentro do campus”, declarou a secretária do DHS, Kristi Noem. “Aceitar estudantes internacionais e se beneficiar de suas altas mensalidades é um privilégio, não um direito. Harvard teve várias chances de colaborar, mas optou por não fazê-lo. Por isso, perdeu a certificação no Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio.”

Com essa decisão, Harvard não poderá aceitar novos estudantes estrangeiros para o ano letivo de 2025-2026. Os alunos internacionais que já estão matriculados precisarão se transferir para outras instituições ou perderão seu status legal para permanecer nos Estados Unidos.

Numa carta enviada à diretora de serviços de imigração da universidade, Maureen Martin, Noem acusou Harvard de não atender aos pedidos oficiais do governo e de manter um ambiente hostil a estudantes judeus, além de apoiar discursos pró-Hamas e aplicar políticas de diversidade consideradas “racistas”.

Noem deu à universidade um prazo de 72 horas para entregar as informações solicitadas, caso deseje tentar recuperar a autorização para o próximo ano acadêmico. Ela classificou a medida como “resultado direto do fracasso de Harvard em cumprir exigências básicas de prestação de contas”.

Harvard, por sua vez, declarou que a medida do governo é ilegal. “Estamos comprometidos em manter nossa capacidade de receber estudantes e acadêmicos internacionais, vindos de mais de 140 países, que enriquecem profundamente nossa comunidade e o país. Esta retaliação põe em risco a missão acadêmica e científica de Harvard”, disse o porta-voz da universidade, Jason Newton.

O DHS requisitou gravações de protestos com participação de estudantes estrangeiros e os registros disciplinares desses alunos dos últimos cinco anos. Noem afirmou que Harvard deu respostas incompletas e insuficientes, mesmo após múltiplas solicitações.

Ela reforçou que haverá consequências para instituições que desejem continuar recebendo estudantes estrangeiros sem respeitar as leis. Entre os documentos requisitados estão também registros de atividades ilegais, ameaças ou condutas perigosas por parte dos estudantes com visto, além de casos de intimidação contra colegas ou funcionários.

No mês passado, Harvard havia autorizado estudantes estrangeiros a manterem também ofertas de universidades internacionais, antecipando a possibilidade de perder a autorização para abrigá-los — uma prática normalmente proibida.

Segundo a reportagem, ao menos 12 estudantes de Harvard já tiveram seus vistos revogados por envolvimento em protestos. A administração Trump também congelou cerca de 3 bilhões de dólares em repasses federais à universidade, principalmente destinados à pesquisa, e abriu investigações por supostas falhas em combater o antissemitismo e abolir políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI).

O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou ao Congresso que o Departamento de Estado já revogou “milhares” de vistos e continuará fazendo isso. “Visto é um privilégio, não um direito”, disse. “Vamos seguir cancelando vistos de quem vem como convidado e tenta desestabilizar nossas universidades.”

As medidas ocorrem em meio a uma onda nacional de protestos estudantis pró-Gaza e ocupações universitárias, iniciadas após os ataques de 7 de outubro e a resposta militar de Israel contra o Hamas.

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