Uma imigrante hondurenha, mãe de três filhos norte-americanos, vive momentos de desespero após receber uma multa do governo federal no valor de US$ 1.821.350. O motivo: ter permanecido nos Estados Unidos após uma ordem de deportação emitida em 2005.
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Imigrante, mãe de três americanos, é multada em US$ 1,8 milhão por permanecer nos EUA após ordem de deportação em 2005

Uma imigrante hondurenha, mãe de três filhos norte-americanos, vive momentos de desespero após receber uma multa do governo federal no valor de US$ 1.821.350. O motivo: ter permanecido nos Estados Unidos após uma ordem de deportação emitida em 2005.
Identificada apenas como Maria, a mulher de 41 anos entrou no país em 2005 pela fronteira entre o México e a Califórnia. Dois meses depois, recebeu uma notificação para comparecer a uma audiência no tribunal de imigração, mas não compareceu — o que resultou numa ordem formal para deixar o país. Desde então, ela permaneceu em solo americano, estabelecendo raízes e criando os três filhos, todos nascidos nos Estados Unidos e, portanto, cidadãos americanos por direito.
Durante os últimos anos da administração Biden, que flexibilizou regras para determinadas categorias de imigrantes, a advogada Michelle Sanchez deu entrada em um processo de ajuste de status para Maria, alegando sua longa permanência no país e a ausência de antecedentes criminais. No entanto, com a vitória de Donald Trump nas eleições de 2024 e o cancelamento de programas de regularização implementados por Biden, o pedido foi negado.
No dia 9 de maio, Maria recebeu em sua residência no sul da Flórida uma notificação oficial com a cobrança da multa milionária. A base legal para a cobrança está na Lei de Imigração de 1952, que permite a penalização de imigrantes em situação irregular em até US$ 500 por dia de permanência indevida. Embora a lei esteja em vigor há décadas, nenhum presidente nos últimos 30 anos — incluindo Bill Clinton, George W. Bush, Barack Obama, o próprio Trump (em seu primeiro mandato) ou Joe Biden — havia optado por aplicar essa penalidade.
Desde que recebeu a carta, Maria relata crises de ansiedade e noites sem dormir. Deixar o país agora significaria uma separação devastadora de seus filhos, que só conhecem os Estados Unidos como lar.
“Este é o país deles, o único que eles conhecem. Por favor, tenha misericórdia. Eu quero ficar com eles”, desabafou.
Procurado pela CBS News, um porta-voz do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) no sul da Flórida informou que a agência “precisa de mais tempo para responder” sobre o caso.
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