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Revista # 72

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Coluna Lucy: ABRIL AZUL

Neste mês é realizado o Abril Azul, uma campanha para conscientizar a população sobre a inclusão de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Como abril marca o Mês Mundial do Autismo, organizações, famílias e defensores se organizam para chamar atenção da sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) — uma condição do neurodesenvolvimento que impacta milhões de pessoas em todo o mundo. Quando as famílias buscam por internações após o diagnóstico de autismo, novamente a demanda por serviços especializados supera a oferta disponível, resultando em filas de espera e atrasos no início das terapias, especialmente nos equipamentos da rede pública, da qual a maior parte da população brasileira é dependente. A implementação de políticas públicas focadas na capacitação de profissionais é fundamental para melhorar esse cenário e garantir o atendimento especializado com práticas baseadas em evidências para todas as crianças com TEA. Sabemos ainda que o cuidado integral às crianças com autismo exige um olhar ampliado para suas famílias, devido à sobrecarga financeira, emocional e logística. É essencial que haja suporte abrangente para os cuidadores, garantindo inclusão social e rede de apoio no enfrentamento aos desafios envolvidos nesse cuidar. Normalmente a criança tem dificuldade na comunicação social e mantém um interesse limitado e estereotipado. Isso significa que é uma alteração que ocorre dentro do cérebro, no qual as conexões entre os neurônios se dão de uma forma diferente. Sendo assim, a pessoa tem dificuldade em interagir com as outras de uma maneira proveitosa. A alteração na comunicação social …

Neste mês é realizado o Abril Azul, uma campanha para conscientizar a população sobre a inclusão de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Como abril marca o Mês Mundial do Autismo, organizações, famílias e defensores se organizam para chamar atenção da sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) — uma condição do neurodesenvolvimento que impacta milhões de pessoas em todo o mundo.

Quando as famílias buscam por internações após o diagnóstico de autismo, novamente a demanda por serviços especializados supera a oferta disponível, resultando em filas de espera e atrasos no início das terapias, especialmente nos equipamentos da rede pública, da qual a maior parte da população brasileira é dependente. A implementação de políticas públicas focadas na capacitação de profissionais é fundamental para melhorar esse cenário e garantir o atendimento especializado com práticas baseadas em evidências para todas as crianças com TEA.

Sabemos ainda que o cuidado integral às crianças com autismo exige um olhar ampliado para suas famílias, devido à sobrecarga financeira, emocional e logística.

É essencial que haja suporte abrangente para os cuidadores, garantindo inclusão social e rede de apoio no enfrentamento aos desafios envolvidos nesse cuidar.

Normalmente a criança tem dificuldade na comunicação social e mantém um interesse limitado e estereotipado. Isso significa que é uma alteração que ocorre dentro do cérebro, no qual as conexões entre os neurônios se dão de uma forma diferente. Sendo assim, a pessoa tem dificuldade em interagir com as outras de uma maneira proveitosa.

A alteração na comunicação social no TEA pode aparecer com:

• Dificuldade no contato visual, o “olhar diretamente nos olhos”;

• Dificuldade no uso e compreensão de gestos e expressões faciai;

• Dificuldades para fazer amizades, brincar, entender emoções e sentimentos do outro;

• Aproximação de uma maneira não natural, robotizada, “aprendida”. Dessa forma, a criança autista pode fracassar nas conversas interpessoais;

• Demonstrações de pouco interesse no que outra pessoa está dizendo ou sentindo;

• Dificuldade em iniciar ou responder as interações sociais. Geralmente, não iniciam conversas ou brincadeiras e nem respondem quando chamados;

• Dificuldade de entender a linguagem não verbal das outras pessoas, tais como as expressões faciais, gestos, sinais com os olhos, cabeça e mãos;

• Dificuldade em se adaptar a diferentes situações sociais, tais como divisão de brinquedos, mudanças de rotina, participar de brincadeiras imaginárias etc.

Além da dificuldade comunicativa, autistas apresentam também interesses limitados, repetitivos e estereotipados. Dentre eles, estão:

• Movimentos repetitivos ou estereotipados com objetos e/ou fala. Por exemplo: Pegar um carrinho, virar e girar a rodinha repetidamente;

• Na fala, repetições de filmes ou desenhos, utilizando uma linguagem “própria”, sem função de se comunicar;

• Insistência em rotinas, rituais de comportamentos padronizados, fixação em temas e interesses restritos;

• Estereotipias motoras: movimentos repetitivos com o corpo ou com as mãos, tais como abanar as mãozinhas, pular ou rodar, bater palmas, alinhar objetos, empilhar etc;

• Forte apego a objetos. Gastam muito tempo observando ou segurando o mesmo brinquedo, mesmo se pedimos para escolher outro.

Também é comum que autistas apresentem certas alterações na sensibilidade sensorial, como por exemplo:

• Sensibilidade a barulhos, cheiros e texturas de objetos;

• Interesse ou aversão a luzes e brilhos;

• Hiper ou hiporreatividade a estímulos do ambiente, como sons ou texturas;
• Alteração na sensibilidade a dor. Algumas vezes, os pais descrevem quedas ou batidas que parecem não ter causado dor alguma na criança, tal como era de se esperar.

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