Líderes de organizações dedicadas à saúde, imigração, direitos reprodutivos, pessoas com deficiência e idosos realizaram nesta terça-feira um protesto em frente ao Edifício Federal John F. Kennedy, no centro de Boston, para denunciar os efeitos devastadores dos primeiros 100 dias do governo Trump em seu novo mandato.

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Ativistas denunciam “100 dias de danos” do governo Trump e alertam sobre impactos em Massachusetts

Da redação
Líderes de organizações dedicadas à saúde, imigração, direitos reprodutivos, pessoas com deficiência e idosos realizaram nesta terça-feira um protesto em frente ao Edifício Federal John F. Kennedy, no centro de Boston, para denunciar os efeitos devastadores dos primeiros 100 dias do governo Trump em seu novo mandato.
O evento, batizado de 100 Dias de Danos, foi liderado por cinco organizações estaduais: MIRA Coalition (Massachusetts Immigrant and Refugee Advocacy Coalition), Health Care For All (HCFA), Reproductive Equity Now (REN), Massachusetts Senior Action Council (MSAC) e Disability Policy Consortium (DPC). Durante o protesto, os ativistas apresentaram uma lista com 100 medidas federais consideradas prejudiciais à população de Massachusetts.
As ações incluem cortes em programas de saúde, ataques aos direitos reprodutivos, ameaças aos direitos dos imigrantes, desmonte da Administração da Previdência Social e retrocessos nas políticas para pessoas com deficiência. Os organizadores destacaram que essas medidas não afetam apenas os grupos diretamente visados, mas têm reflexos negativos em toda a sociedade, enfraquecendo a economia, a segurança social e a coesão comunitária do estado.
“Nos seus primeiros 100 dias, o presidente Trump deixou claro que sua agenda é baseada no medo, especialmente em relação aos imigrantes”, afirmou Elizabeth Sweet, diretora executiva da MIRA Coalition. “Massachusetts precisa se unir em solidariedade aos imigrantes que movem nossa economia, frequentam nossas escolas e enriquecem nossa cultura.”
Amy Rosenthal, diretora executiva da Health Care For All, alertou sobre os impactos à saúde pública: “Trump tem demonstrado total desprezo pela saúde e bem-estar da população. Precisamos manter Massachusetts como referência nacional em cobertura de saúde e resistir a qualquer ataque à assistência acessível e equitativa.”
Já Claire Teylouni, da Reproductive Equity Now, denunciou a erosão dos direitos reprodutivos: “Em apenas 100 dias, o governo ameaçou a vida de milhares com cortes no Título X, censura a informações sobre aborto e nomeações políticas perigosas. Precisamos fortalecer a liderança estadual para garantir o acesso à saúde sexual e reprodutiva.”
Para Rosa Bentley, presidente estadual do Massachusetts Senior Action Council, os ataques ao sistema de seguridade social são inaceitáveis: “Estou prestes a completar 80 anos e nunca imaginei presenciar um período tão destrutivo. Mas estamos aqui para mostrar que resistiremos juntos.”
Dennis Heaphy, do Disability Policy Consortium, destacou a gravidade do momento: “Como defensor dos direitos das pessoas com deficiência, nunca pensei que lutaríamos novamente não por avanços, mas por nossa própria sobrevivência.”
Ao final do ato, os ativistas reforçaram que os “100 danos” vão além dos campos específicos de atuação das organizações envolvidas. A destruição de políticas públicas essenciais compromete o futuro de todos os residentes de Massachusetts. Eles apelaram a autoridades federais, estaduais e municipais para que se unam à população na defesa dos direitos fundamentais e na resistência a medidas que colocam vidas em risco.
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