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Publicado em 25/06/2015 as 12:00am

New York intensifica novamente a guerra contra os ratos

Por séculos, a baleia branca da cidade de Nova York tem sido o rato comum.

Ratoeiras foram armadas e venenos foram preparados, com pouco efeito aparente. Conclaves de emergência foram convocados na Prefeitura.

Nova York já teve 109 prefeitos e, ao que parece, quase o mesmo número de planos para eliminar esse flagelo. O placar coletivo é de aproximadamente 0 a 108.

"Basta seguir os números", disse Joseph J. Lhota, que já foi designado "czar dos ratos" como vice-prefeito sob Rudolph W. Giuliani. "Qualquer um encarregado de erradicar os ratos em Nova York sabe exatamente como Sísifo se sentia."

Mas por toda a cidade, uma nova administração está apostando que Nova York –-por muito tempo o Chicago Cubs (time de beisebol que não conquista títulos) do controle de roedores-– conseguirá desta vez.

O orçamento municipal, acertado nesta semana, inclui US$ 2,9 milhões (cerca de R$ 9 milhões) em verba para combate aos ratos. O prefeito Bill de Blasio descreveu os animais, com um toque de bravata, como "uma instituição de Nova York que ficaremos felizes em eliminar".

Ao longo do meio-fio das avenidas e dentro dos canteiros de árvores, sob as grades dos bueiros e em meio às moitas dos parques, a visão da prefeitura de controle de roedores está sendo implantada.

Inspetores esquadrinham bairros, esfregando áreas problemáticas à procura de marcas de arranhões, grama amassada e outros sinais de presença de ratos. Casos foram distribuídos para equipes por localização –-uma abordagem de assistente social para o extermínio de roedores, disseram as autoridades. Compactadores de lixo solares e outras lixeiras "à prova de ratos" estão sendo fornecidas ao Departamento de Saneamento.

E pelos corredores de cerca de meia dúzia de agências municipais, a mensagem foi dada: pense como um rato.

"Eles são como nós", disse Rick Simeone, o diretor do controle de pestes do departamento de saúde municipal, revirando as moitas do centro do Brooklyn à procura de sinais em uma manhã recente. "Eles não dão nada em troca. Eles comem e se reproduzem."

O novo esforço municipal se apoia no ataque aos chamados reservatórios de ratos, trechos onde os ratos subsistem em número suficientemente grande a ponto de a eliminação de alguns na superfície ter pouco efeito a longo prazo.

Qualquer descuido –-uma rachadura na calçada, um sanduíche jogado fora, uma lata de lixo sem tampa em um parque da cidade-– pode colocar em risco a frágil paz.

"Os ratos de Nova York são diabolicamente espertos", disse Robert M. Corrigan, um especialista em ratos que há muito orienta a cidade. "Ele é oportunista e não é espalhafatoso."

Assim, avaliar o sucesso pode ser difícil. A prefeitura diz que não há um levantamento confiável da população de ratos, apesar de muitas alegações anteriores do contrário. Um artigo de 1949 no "The New York Times", detalhando a "guerra aos roedores" pelo prefeito William O'Dwyer, apresentou uma estimativa de 15 milhões. Uma estimativa mais recente declarava que havia um rato para cada habitante, apesar de pesquisa sugerir que essa estimativa exagera o número em cerca de 6 milhões.

Na verdade, os especialistas nem mesmo sabem ao certo se a população aumentou ou diminuiu nos últimos anos. Mas o otimismo é abundante em relação ao esforço mais recente para controle dos ratos.

Fonte: uo..com.br

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