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ICE prende imigrantes em tribunais de imigração e abre caminho para deportações aceleradas

O novo método mostra uma estratégia agressiva para agilizar deportações, contornando os processos tradicionais de imigração, que são mais demorados e oferecem mais garantias legais aos imigrantes.


Agentes federais de imigração prenderam dezenas de imigrantes nesta semana em várias cidades dos Estados Unidos, logo após audiências em tribunais de imigração. As ações, realizadas pelo ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas), foram reportadas em Nova York, Phoenix, Los Angeles e Seattle, segundo familiares, advogados e veículos de imprensa.

De acordo com os relatos, os alvos seriam, em sua maioria, imigrantes que estão no país há menos de dois anos. Em alguns casos, as detenções ocorreram imediatamente após os juízes de imigração encerrarem os processos ativos contra os imigrantes, o que abre caminho para a inclusão dessas pessoas no processo de remoção acelerada — mecanismo que permite deportações sem audiência perante um juiz.

O presidente Donald Trump, que busca acelerar as deportações em massa, tem criticado o sistema judiciário e as leis atuais por dificultarem sua meta. Diretrizes emitidas pelo ICE este ano orientam agentes a considerarem para remoção acelerada todos os imigrantes que foram liberados anteriormente e que não solicitaram asilo formalmente.

Um alto funcionário do Departamento de Segurança Interna (DHS) afirmou que o objetivo é deportar pessoas que foram autorizadas a entrar no país durante o governo do ex-presidente Joe Biden. “O ICE agora está apenas seguindo a lei e colocando esses estrangeiros ilegais na remoção acelerada, como sempre deveria ter sido feito”, disse o funcionário em nota.

O novo método mostra uma estratégia agressiva para agilizar deportações, contornando os processos tradicionais de imigração, que são mais demorados e oferecem mais garantias legais aos imigrantes.

Em Phoenix (Arizona), na terça e quarta-feira, o ICE prendeu várias pessoas na porta do tribunal. Entre elas estavam Geovanni Francisco e sua mãe, vindos de Guerrero, no México, que entraram legalmente nos EUA em 2023, após agendarem entrada pelo aplicativo CBP One, criado na gestão Biden. Segundo a tia de Geovanni, Hilda Ramírez, a audiência da família foi encerrada na manhã de quarta-feira e, logo após, ambos foram detidos. “Eles nem tiveram tempo de pegar os pertences”, disse ela.

As prisões chamaram atenção de defensores dos direitos dos imigrantes, que consideram a prática alarmante e potencialmente violadora dos direitos de defesa. A remoção acelerada permite que imigrantes sejam deportados sem passar por todo o processo judicial, desde que tenham entrado no país recentemente e não apresentem pedido formal de asilo.

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